Newsgames: quando jogo e notícia se juntam

Em 2003 o jornal norte-americano The New York Times fez um editorial para falar sobre os problemas de fiscalização dos alimentos importados no país. Até aí tudo bem, nada diferente da rotina de um periódico. Acontece que a publicação do editoral não parou apenas na página do impresso, ela também foi transformada em um game chamado Food Import Folly e disponibilizada no site do jornal.


Desde então, veículos de comunicação como a CNN, El País, USA Today, Estadão, Veja, Superinteressante e o portal Uai fizeram experimentações na área.


Conhecidos como newsgames, os jogos baseados em notícias tem sido considerados uma nova ferramenta para o webjornalismo. Por unir informação à interatividade, eles se tornaram uma boa aposta para chamar a atenção dos leitores mais acostumados ao ambiente dos games ou que não se sentem atraídos pelos mídias mais tradicionais. Segundo Howard Finberg, um dos diretores da Poynter, os newsgames têm a taxa de retenção de informação maior que a de um meio com texto acompanhado de áudio ou vídeo.

Entretanto, alguns estudos apontam que a capacidade dos jogos baseados em notícias ainda é pouco explorada. Geraldo Seabra, por exemplo, demonstra através da "Teoria dos Newsgames" que eles podem ser usados  muito mais que um simples complemento de notícias publicadas em outros meios, como vinha acontecendo. No estudo ele propõe os newsgames enquanto um novo modelo de jornalismo online, possuindo uma linguagem própria para produção e publicação de notícias.

Se os newsgames continuarão sendo usados ou cairão em desuso ainda não dá pra saber, mas faço das palavras de André Deak as minhas:
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