Ionz - faça um infográfico da sua vida

Há algumas semanas o site ionz foi notícia em diversos blogs e sites que assim como nós falam sobre infografia. Ao acessar o endereço da agência de publicidade, o visitante é convidado a inserir seu nome e responder algumas perguntas sobre seus hábitos, incluindo quantas horas dorme por dia, seu meio de transporte entre outras questões. Os resultados são então apresentados em um infógrafico bem legal (a gente fez um e você confere logo aí!) que compara suas respostas com a dos outros mais de 25.000 usuários que participaram da pesquisa.



Eu conversei com Eduardo Dencker, diretor de criação da Ionz, um dos idealizadores da ação e o resultado é a entrevista que você confere a seguir.

Como surgiu a ideia de criar essa abertura para o site de vocês?

A íonz é uma agência nova, com foco em construção de marcas no ambiente digital. Para o nosso primeiro site, queríamos focar no nosso jeito de pensar e na nossa metodologia. Ela envolve muita investigação e dinâmicas diferentes para conseguirmos nos aproximar da essência do cliente e traduzir isso em design e estratégia on-line.

As perguntas do site representam essa etapa de investigação que, de uma forma divertida, descobre quem a pessoa é. 
No final temos o infográfico representando um painel conceitual simplificado. Ele é a nossa leitura do que foi descoberto. O painel conceitual também reúne todos os elementos visuais e diretrizes que devem alinhar a experiência da marca na internet. Ele faz uma ponte entre quem a marca é e como ela deve representar esses atributos. A personalização do infográfico representa isso de forma bem simplificada.

Além disso, o intuito do nosso trabalho é alcançar relações com significado entre marcas e pessoas no meio digital. Por isso demonstramos constantemente no site a relação entre as suas escolhas e as de todos que participaram da mesma experiência.

Quais resultados mais supreenderam vocês nessa pesquisa?

O objetivo nunca foi recolher os dados em si. O mais importante para gente era a experiência de participar do processo e entender um pouco do que a gente se propõem a fazer. 

O que surpreendeu a gente foi a quantidade de pessoas que participaram.
Não fizemos divulgação e é um assunto bem específico.

Por que um infográfico e não uma outra linguagem?

O infográfico atendia perfeitamente o que a gente buscava. É uma forma atraente e clara de agrupar e traduzir a informação. A gente sabia que ia atrair a curiosidade das pessoas. Mas isso não significa que outras linguagens que entregassem o mesmo significado para mensagem não fossem adequadas. Entraram na decisão também vários outros fatores como tempo e complexidade de desenvolvimento.

Foi muito difícil o processo de criação?

Acho que o processo de criação nunca é fácil. Nesse caso tínhamos um planejamento bem claro do que buscávamos e isso só facilitou um pouco a escolha pela melhor solução.


O que faz exatamente um diretor de criação?

A principal função é direcionar e avaliar o pensamento criativo. Nesse caso fiz um direcionamento de qual deveria ser o conceito do site e trouxe para mesa alguns possíveis caminhos para resolver a questão. Um deles era a linguagem de infográfico. Aí a equipe criativa se concentrou no briefing criativo e nas referência para propor a melhor solução e dar forma para a idéia deles. A partir daí é uma conversa constante para deixar tudo perfeito.

Nosso blog também fala de Newsgames. Você conhece o formato?

Nunca trabalhei especificamente com esse formato. Mas gosto muito da idéia. Muita gente na web hoje pensa que o conteúdo textual é o mais importante da rede e esquecem
o quanto a experiência também é importante.  Encontrar formas mais interessantes e profundas para transferir o conhecimento é um desafio constante na nossa profissão, que é recheada de erros e acertos.


É tudo muito novo e se ninguém arriscar buscando novas formas de fazer, a linguagem on-line não vai evoluir.
Mas deve existir um cuidado muito grande para a forma não tirar o real significado e sentimento da informação. Banalizar as coisas, afasta as pessoas da realidade.
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